08/05/2012

The Help

Há livros que gostamos, há livros que nos fascinam, há livros que nos aborrecem e nos fazem dormir e há outros que nos deixam a pensar neles dias a fio apesar de já estarem arrumados na prateleira. Este é um desses livros, que do início ao fim me fez zangar, sorrir, rir bastante e questionar a sociedade. Falo do Livro The Help  de Kathryn Stockett (que deu origem ao filme e ao Óscar de melhor atriz secundária para Octavia Spenser). O livro fala sobre a segregação social dos anos 50 onde os bairros, empregos, escolas etc eram separados por algo tão estúpido quanto a cor da pele. O livro fala de uma jovem branca de Jackson Misissippi nos Estados Unidos que quer escrever uma livro do ponto de vista das serviçais que ganham menos do  que o  ordenado mínimo, tinham apenas um dia de folga e trabalhavam mais de 10 horas por dia para criar os filhos dos outros chegando a negligenciar os seus pois passavam mais tempo no emprego do que em casa. O referido livro é publicado e causa uma revolução social na comunidade local, com algumas peripécias, também alguma violência mas que no fim marca uma posição num país que se auto intitula “Land of the Free”!

É interessante ter em conta que a história se passa na América do norte onde se branda aos ventos a liberdade de expressão, a terra dos cidadãos livres. Quem nunca viu nos filmes um americano a gritar qualquer coisa do género “I have rights, I’m an american”? Estamos a falar do país mais restritivo do mundo onde tudo é proibido menos os excessos. Sem dúvida uma terra de oportunidades mas onde é preciso acima de tudo adaptar-se ao estilo de vida (XXXL) dos americanos.

Voltando ao Livro, está muito bem escrito, é um livro muito visual permitindo à nossa imaginação formar com detalhe os acontecimentos da época e definir as personagens. É acima de tudo um livro que nos faz pensar que um dia a cor da pele determinou o autocarro, a escola ou o café onde podíamos entrar. Não podemos ser tão ingénuos ao ponto de pensar que este problema está resolvido mas fico contente por não ter vivido nos anos 50 em Jackson Mississippi.

Quanto ao filme, gostei bastante e penso que o Óscar foi merecido mas claro que o livro é de longe muito melhor e proporciona um grau de satisfação superior ao filme.

É um livro que não só tem uma boa narrativa como uma poderosa mensagem e por esses motivos faz muita falta numa biblioteca que se preze. 






2 comentários:

  1. Adorei o filme. Foi dos melhorzitos que vi nos últimos tempos.

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    1. gostei do filme mas alteraram parte da historia e personagens devias ler o livro e muito bom mesmo.

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